sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Carente

Tão dócil e aparentemente frágil,
Segurei firme em tuas mãos geladas,
Mas teu olhar era cada vez mais penetrante,
Que sem censura encarava os meus,
Deixando-me quase sem lucidez,
Dominando-me como na primeira vez.

Seria difícil imaginar,
Que me dobrasse diante do teu amor,
Sou forte, resistente, pensava eu,
Mas quando chegou aquele momento,
Fiquei sem ação, não havia reação,
Sendo levado a aceitar, as coisas do coração.

E assim como um ser carente,
Não posso ficar sem teu amor,
É como se fosse para minha sobrevivência,
Tornando-me como uma dependência,
De tudo aquilo que de bom ficou,
Sendo forte o sentimento que me marcou.

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